O cateterismo cardíaco é um exame invasivo utilizado para investigar o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos. Ele permite visualizar estruturas internas com precisão e identificar alterações, como obstruções nas artérias, doença arterial coronariana ou problemas nas válvulas cardíacas.
Durante o procedimento, o médico realiza a inserção do cateter — um tubo fino e flexível — por uma artéria ou veia, geralmente na região da perna (femoral) ou do braço (radial), até alcançar o coração.
Com o auxílio do contraste e da tecnologia de raio X, é possível analisar o fluxo sanguíneo, detectar placas de gordura e avaliar se há comprometimento no bombeamento do coração.
O cateterismo cardíaco é indicado tanto para diagnóstico quanto para tratamento de doenças cardiovasculares. Ele permite ao especialista confirmar suspeitas clínicas, esclarecer sintomas como dor no peito, e entender a gravidade de condições como insuficiência cardíaca ou arritmias cardíacas.
Além disso, o exame ajuda a:
O cateterismo cardíaco é indicado quando há necessidade de investigar sinais ou sintomas que sugerem doenças no coração, principalmente em pacientes com fatores de risco como hipertensão, diabetes ou histórico familiar de problemas cardíacos.
Esse exame costuma ser solicitado em casos de:
Também pode ser necessário em avaliações pré-operatórias, principalmente antes de cirurgias cardíacas ou transplantes, e em alguns casos de malformações cardíacas congênitas.
O cateterismo cardíaco é realizado com o paciente acordado, com leve sedação e anestesia local na região da punção (braço ou virilha).
Após a inserção do cateter por uma artéria, o médico injeta um contraste para visualizar em tempo real o interior do coração e dos vasos sanguíneos, por meio de imagens geradas por raio X.
Esse processo permite identificar lesões, obstruções ou malformações. Se necessário, o procedimento pode ser complementado com intervenções como colocação de stent, ablação ou biópsias cardíacas.
O exame dura em média 30 a 60 minutos.
Antes de indicar o cateterismo cardíaco, o cardiologista costuma solicitar outros exames não invasivos para avaliar a saúde do coração. Esses testes ajudam a identificar alterações funcionais e estruturais que justificam a realização do cateterismo.
Entre os exames complementares mais utilizados estão:
Esses exames ajudam a guiar a decisão médica, evitando a realização de procedimentos desnecessários e direcionando melhor o tratamento de acordo com cada caso.
Por ser um exame invasivo, o cateterismo cardíaco exige alguns cuidados importantes antes e após sua realização para garantir segurança e bons resultados.
Antes do exame:
Depois do exame:
A recuperação costuma ser tranquila, e a maioria dos pacientes retoma suas atividades normais em poucos dias — sempre seguindo as orientações médicas.
O cateterismo cardíaco é considerado um exame seguro, especialmente quando realizado por profissionais experientes e em ambiente hospitalar adequado. No entanto, por se tratar de um procedimento invasivo, existem alguns riscos, como em qualquer intervenção médica.
Entre as possíveis complicações estão:
O risco é maior em pacientes com idade avançada, diabetes, insuficiência renal, ou que estejam passando por um infarto agudo do miocárdio.
Por isso, é fundamental que o cateterismo seja indicado com critério e realizado em centros especializados.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o cateterismo é um dos principais exames para diagnosticar obstruções coronarianas.
Não. O exame é feito com anestesia local, e em alguns casos, o paciente também recebe sedação leve. É comum sentir apenas um leve desconforto no local da punção (virilha ou braço), mas não há dor durante o procedimento em si.
Na maioria dos casos, o exame é ambulatorial e o paciente é liberado no mesmo dia. Porém, se for necessária uma intervenção como uma angioplastia, pode ser indicado permanecer em observação por 24 horas.
Não. Além de diagnóstico, o cateterismo pode ter função terapêutica. Durante o exame, o médico pode desobstruir artérias com balão, implantar stents ou até realizar procedimentos como ablação cardíaca para tratar arritmias.
Após o cateterismo, é importante:
Fique atento a sinais como dor intensa, inchaço ou sangramento no local da punção.
São complicações raras, mas possíveis — principalmente em pacientes com infarto agudo do miocárdio em andamento, diabetes descompensado ou idade avançada. Por isso, é fundamental que o exame seja feito com indicação médica adequada e por equipe especializada.
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